A coleta de sêmen em equinos é uma técnica que tem como principal objetivo a realização da inseminação artificial nos animais. Pode ser realizada através de vários métodos, entre eles a utilização do preservativo de látex especial, a coleta por manipulação do pênis com auxílio de compressas aquecidas e a manipulação medicamentosa. Porém, o método mais difundido e utilizado é o da vagina artificial (VA) fechada.
O sêmen coletado pode ser usado fresco, resfriado ou congelado. Assim, o fator determinante será o local onde o garanhão se encontra e a disponibilidade do material. Então, cada produtor irá decidir sobre qual técnica utilizar. A indústria equina é importante geradora de renda no Brasil e no mundo. Desta forma, é preciso conhecer cada vez mais sobre as biotecnologias de reprodução.
A inseminação artificial é uma modalidade amplamente utilizada e, o Brasil é um dos países que mais aplicam a técnica. Além disso, muitas pesquisas foram desenvolvidas por importantes instituições de pesquisa nacionais. E mais, a IA é considerada mundialmente como a biotecnologia de maior impacto na produção equina. Por tais razões, a coleta de sêmen em equinos é uma etapa importante do processo e entendê-la a fundo é recomendado.
Continue com a gente até o final deste artigo e saiba mais sobre o assunto. Boa leitura!
A coleta de sêmen usando a vagina artificial utiliza equipamentos simples e leves. Assim, permite ao coletador a realização da tarefa sem muitas dificuldades. Para fazer o procedimento, primeiro o garanhão monta em uma égua no cio que foi contida no tronco ou então monta em um manequim. Assim, é possível realizar a coleta com a vagina artificial que contém um copo coletor para depósito do ejaculado, desviando o pênis para dentro dela.
Para realização do procedimento é importante que a vagina seja preparada minutos antes. A água deve ser acrescentada em torno de 42°C, lubrificante não-espermicida na sua entrada, e o frasco coletor previamente aquecido a 37°C em sua porção final com filtro em sua boca para a separação da porção gelatinosa. Com relação ao tipo de VA o modelo mais utilizado é o Alemão (Hanover), porém existem outros como:
Antes de coletar o sêmen é preciso realizar o exame físico, com atenção especial na genitália externa, nos membros posteriores e na coluna. Avaliar estes membros têm como intenção identificar as condições do animal para monta. Deve ser feita a palpação dos testículos para avaliar a consistência e posição dentro do escroto. Além disso, é importante verificar a medida da circunferência.
Um exame grande relevância é o andrológico, já que tem como objetivo justamente medir a capacidade reprodutiva, ou seja, a fertilidade dos animais. Este, mensura a qualidade do sêmen e deve ser realizado sempre que for programada uma estação de monta, seja para verificar as condições dos animais maduros ou mais novos (puberdade).
Para realização da coleta, a égua é usada como manequim (égua-manequim), uma fêmea em estro ou fêmea ovariectomizada e estimulada hormonalmente. O pênis do garanhão deve ser higienizado com mantas de algodão umedecido em água na temperatura ideal.
Ao longo do procedimento é fundamental estar atento para evitar que aconteçam acidentes. Então, no momento em que ocorre a monta do garanhão na égua-manequim, o pênis é desviado lateralmente e introduzido na vagina artificial. Após todo o processo de colheita do sêmen é preciso separar a fração gelatinosa do ejaculado da fração rica em espermatozóides. Por fim, o material será encaminhado para o laboratório responsável.
O sêmen fresco é considerado como o de maior qualidade, porém, apresenta como desvantagem a pouca durabilidade. Desta forma, quando o material é enviado a distâncias curtas é necessário resfriá-lo. Realizar a diluição em substâncias específicas e o transporte em caixas adequadas. Aliás, estes cuidados são importantes pois, dependendo das condições em que foi armazenado, o material pode ter uma vida útil de até 48 horas.
É o mais utilizado em situações onde os animais estão distantes pois, nessas condições o sêmen congelado pode ser transportado por longas distâncias. Na inseminação artificial com sêmen congelado o material costuma estar em uma temperatura de -196ºC e permite a sua conservação por tempo maior.
Quando o assunto é transporte de sêmen equino, o Brasil é o segundo país no mundo que mais utiliza esta técnica. A refrigeração e o resfriamento passivo são os sistemas mais utilizados (feitos em caixas/containers). É importante que estes recipientes apresentem algumas características como:
Durante a realização da coleta de sêmen em equinos é fundamental se atentar a alguns cuidados que ajudarão a evitar acidentes e contaminações. Os componentes reutilizáveis devem ser higienizados com sabão ou detergente neutro. Além disso, a camada de borracha presente na vagina artificial deve ser desinfetada adequadamente .
Após a retirada do sêmen e transporte para o laboratório é preciso tomar cuidado com alguns fatores. Isso, porque os espermatozóides têm sensibilidade a alguns ambientais como muita luminosidade e variações na temperatura.
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Fonte: Portal educação, Revista veterinária e Revista Acadêmica Ciência Natural
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