A inseminação artificial é, sem dúvida, uma das melhores alternativas criadas nos últimos anos voltadas para a reprodução equina. Contudo, para que a técnica ofereça todos os seus benefícios ao criador, é preciso que o responsável leve em conta todos os fatores que podem comprometer seu sucesso. Entre eles está, sem dúvidas, o sêmen equino utilizado no processo.
A qualidade do sêmen equino, obviamente, impacta no resultado da inseminação. Afinal, um sêmen com baixa contagem de esperma ou com baixa motilidade compromete a fecundação e a taxa de prenhez. Contudo, garantir a qualidade da inseminação, não está apenas em realizar o exame andrológico e avaliar o garanhão.
O sucesso da inseminação artificial também está ligado à manutenção das características desejadas no sêmen. Ou seja, o sucesso da técnica também está na avaliação da melhor forma de armazenamento do sêmen equino.
Neste artigo, você vai entender melhor as etapas da inseminação artificial e como o armazenamento do sêmen pode impactar nos resultados do procedimento.
Para entender a importância de se determinar o melhor armazenamento para o sêmen equino, é preciso entender como e quanto este processo é necessário na inseminação artificial. Assim, conhecendo o todo, fica mais fácil compreender como adotar certos comportamentos podem melhorar as taxas de sucesso.
De um modo geral, a inseminação artificial em equinos é composta por 3 processos:
Colheita do sêmen equino: quando o material do garanhão é retirado usando o método determinado pelo veterinário responsável. Feita a coleta, o material pode ser utilizado diretamente, in natura ou diluído, ou levado da diluição para o armazenamento pré-determinado;
Seleção das éguas: para a inseminação artificial, é preciso escolher quais éguas receberão o material do garanhão. Elas devem estar no cio e ter passado por acompanhamento com o veterinário, tendo feito exames ginecológicos para a identificação das condições ideais para a recepção do sêmen;
Deposição do material no sistema genital da fêmea: como o nome sugere, é nesta etapa que o veterinário insemina, propriamente, a égua, depositando o material no corpo do útero.
Com todo o processo em mente, é preciso considerar que nem sempre as condições ideias para o sucesso da inseminação acontecem simultaneamente. Por exemplo, a égua escolhida para a inseminação pode não estar no cio, ou no local, no momento da coleta do sêmen equino. Assim, os métodos de armazenamento do sêmen equino vem como forma de garantir que o material seja conservado da melhor maneira até o momento correto da inseminação.
Principalmente quando há necessidade de transporte, a escolha do método de armazenamento desse material é crucial para que se mantenha sua qualidade. Garantindo assim, as chances de sucesso da inseminação.
Além do processo de inseminação, entender os tipos de armazenamento para sêmen equino é fundamental para entender seu impacto na técnica reprodutiva. Como o sêmen pode ser guardado e conservado de maneiras diferentes, é preciso entender as particularidades de cada uma e o quanto elas interferem, ou não na qualidade do material.
Dessa forma, para que o médico veterinário defina o que se dará após o procedimento de coleta do sêmen, primeiramente, ele precisa definir qual tipo de sêmen vai utilizar. Os tipos possíveis são:
Sêmen fresco: é o processo mais simples e funcional, podendo ser diluído ou in natura oferecendo, comumente, as melhores taxas de gestação em procedimentos intravaginais. Em casos onde há a diluição, existe a vantagem de um tratamento antibiótico do sêmen, diminuindo a contaminação por bactérias. Além disso, existe a diluição de substâncias tóxicas que podem estar presentes no sêmen e, com o diluidor, o maior aporte de nutrientes pode melhorar a fertilidade do material;
Sêmen resfriado: nesses casos é preciso conservar e armazenar o sêmen equino em temperaturas que variam, no máximo, entre 4º e 5ºC. O material, que pode ser mantido desta maneira por até 9 dias, tem o crescimento microbiano reduzido. Dessa forma o material sofre uma redução metabólica pode ser armazenado para uso no momento correto do cio da égua receptora. Vale lembrar que, para esse tipo de armazenamento o sêmen precisa ser diluído;
Sêmen congelado: seguindo um processo similar ao do sêmen resfriado, o sêmen pode ser conservado congelado, ganhando maior flexibilidade de uso e aplicação comercial. Isso porque, dessa forma é possível realizar o transporte do material coletado. Contudo, para que a qualidade seja mantida é preciso que um profissional experiente realize os procedimentos de preservação e descongelado pois, o estresse térmico pode comprometer a fertilidade.
Diante do que foi apontado, fica claro que os cuidados após a coleta do sêmen equino devem ser pensados e organizados antes do procedimento de colheita em si. Assim, determinar como o sêmen precisa ser armazenado, se é que esse processo será necessário, cabe ao veterinário e ao criador. Isso porque, a destinação do sêmen após a colheita infere diretamente nos processos.
Em casos onde essa armazenagem é necessária, é preciso considerar o diluente que será será utilizado, como a diluição deve ser feita, como resfriar ou congelar o sêmen e como mantê-lo conservado até o momento certo de seu uso. Independente de ser um tempo curto, aguardando o momento certo do cio da receptora, ou tempo longo, quando o material requer transporte, o importante é conservar a qualidade evitando maiores estresses ao ambiente celular.
Variações de temperatura, má conservação da temperatura durante o transporte e má escolha do diluente podem, e vão, comprometer a fertilidade de um sêmen de garanhão de qualidade. Assim, o impacto do armazenamento de sêmen equino na inseminação, não está apenas no tipo da armazenagem, mas em como todo o processo é conduzido.
Portanto, para ter bons resultados, é preciso um profissional experiente, que conheça os procedimentos corretos e saiba como garantir uma amostra de qualidade.
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Fonte: SHOP Veterinário, Revista Veterinária e CBRA
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