Cavalos- Castrar ou não castrar?

A decisão de castrar um cavalo, muitas vezes, pode ser difícil de tomar. Mesmo se tratando de uma cirurgia, relativamente simples, existe sempre o risco de complicações, seja durante ou após o procedimento. Podem ocorrer, como complicações mais comuns, o inchaço do escroto e a infecção do cordão espermático. Entretanto, através de um manejo adequado, isso poderá ser minimizado. As complicações menos frequentes, porém mais sérias, são o risco de hemorragia e o risco de evisceração.

Geralmente, as vantagens da castração são maiores do que as desvantagens. O animal castrado costuma ser mais dócil, mais fácil de ser montado e de lidar. Ele se distrai menos durante o trabalho, ou durante as competições, e são menos atraídos pelas éguas no cio.

Além disso, eliminam-se todos os problemas associados à patologia testicular, como traumatismos, tumores ou torções do cordão espermático. Muitas vezes, os testículos podem prejudicar o andamento dos membros posteriores. Cavalos castrados podem ser soltos a pasto, juntamente com outros castrados, ou com éguas, sem que haja grandes problemas de agressões, proporcionando-lhes a oportunidades de socializar-se, exercer hierarquias sociais e realizar exercícios físicos, ao ar livre.

A possibilidade de se obter sêmen é a única vantagem de se manter um cavalo inteiro, como garanhão. Eles são confinados a situações de isolamento, aborrecimento e consequente frustração, porque não podem ser soltos em liberdade, com outros cavalos, devido ao risco de lutas e consequentes traumatismos.

Um garanhão que nunca tenha sido utilizado para a reprodução nunca sentirá falta dessa atividade, depois de castrado. À medida que envelhece, a testosterona pode levar ao acúmulo de gordura na região do pescoço, vulgarmente conhecido por "gato", o que constitui um defeito cosmético, causando um desvio da crina para um dos lados do pescoço.

As técnicas de castração podem ser utilizadas, à escolha do médico veterinário. Pode ser feita com o cavalo em pé, sob sedação e anestesia local. Essa técnica denomina-se "aberta", procedimento em que a ferida é deixada aberta, de modo a drenar livremente e cicatrizar de dentro para fora.

Essa mesma técnica "aberta" pode, também , ser realizada com o cavalo deitado, sob anestesia geral, nas instalações do seu proprietário, ou no próprio centro hípico.

Há, ainda, a técnica "fechada" que consiste na colocação de suturas e fecho da ferida cirúrgica, e exige rígidas condições de higiene, sendo realizada com anestesia geral, num bloco cirúrgico, numa clínica ou hospital de equinos.

Vantagens e desvantagens existem em qualquer das técnicas. O importante é que seja qual for a escolha, que seja a decisão acertada.

Castrado, certamente, o cavalo será um animal mais saudável, feliz e muito mais dócil.

Fonte: Equisport Online

Adaptação: Escola do Cavalo

     

Conheça o Cursos de Inseminação Artificial em Éguas e Coleta, Avaliação e Criopreservação de Sêmen em Garanhão

      Veja outras publicações da Escola do Cavalo: Como cuidar de infecções no casco de equinos Éguas abortam por causa dos machos: mito ou verdade? Fique atento ao comprar cavalos – nem sempre o que parece é