Manejo para prevenção de cólica equina: nutrição e cuidados básicos

prevenção de cólica equina

Atuar na prevenção de cólica equina é a melhor maneira para evitar que o problema aconteça na criação de cavalos. Também conhecida como abdômen agudo, a enfermidade está entre as principais ocorrências na equinocultura e se apresenta em diversas intensidades, sendo que a mais grave pode levar o animal ao óbito. 

A cólica equina atinge o aparelho digestivo dos equinos e, na maioria dos casos, sua origem tem relação com a alimentação. Por isso, cavalos que vivem em seu habitat natural têm menos chance de adquirir o problema. Todavia, com a domesticação os hábitos mudaram e é necessário cuidar do manejo para atuar de maneira preventiva. 

Ao longo do texto aprofundaremos nos principais fatores para prevenção de cólica equina, apresentando quais as boas práticas indispensáveis no manejo desses animais. Boa leitura!

Importância da alimentação para prevenção de cólica equina 

Existem vários tipos de cólicas em cavalos: Cólica de impacto, cólica por gases, colite e deslocamento ou torção gástrica. Apesar da maioria dos casos ter causa desconhecida, fatores que resultam da distensão do intestino por problemas na ingestão, presença de gás, fluidos ou devido a uma interrupção da motilidade normal do intestino são bastante observados.

O cuidado com a alimentação destes animais é o ponto de partida para prevenção. O principal elemento relacionado à nutrição dos equinos que muitas vezes é negligenciado é a água. A necessidade diária a ser ingerida por um cavalo varia de acordo com as condições, por isso recomenda-se que eles tenham à disposição água limpa e à vontade. 

Em média, um equino adulto necessita aproximadamente de 30 litros de água por dia, mas em dias muito quentes é necessário aumentar esta quantidade. Já éguas gestantes podem precisar de um aumento de até 70% na quantidade diária. 

Quanto à alimentação, deve-se levar em consideração os nutrientes e os hábitos de dieta. Algumas boas práticas de manejo alimentar incluem:

  • Alimentação com fibra fornecida de forma correta, atenta à quantidade de concentrado, proporção e volumoso em relação a necessidade do animal;
  • Horários regulares de pastejo e de fornecimento de ração; 
  • Qualidade do pasto fornecido a campo ou no cocho (triturado ou não), evitando pastagens velhas, com alto teor de lignina e de difícil digestão; 
  • Cuidado com alimentos que possuem alta fermentação. Jamais fornecer milho em grão. 

Outras práticas de manejo 

Além do fator nutricional, existem ainda algumas recomendações para serem aplicadas no manejo geral dos cavalos, como permitir descanso ao animal após trabalho intenso para posteriormente fornecer água, evitar o estresse, sempre começar o banho pelos membros anteriores e posteriores, subindo gradativamente até o flanco e pescoço para que o animal possa se adequar a temperatura da água, além de manter a vermifugação sempre em dia.

Dica extra: Observar qualquer comportamento estranho. Os cavalos podem ingerir pedaços de cordas e lascas de madeira, ou ainda sofrer com a deglutição de ar. 

Exame clínico do equino com cólica

De modo geral, os equinos apresentam alguns sinais clássicos para sinalizar as dores causadas pela cólica. As manifestações clínicas podem variar de acordo com a intensidade, mas é comum presenciar uma inquietação do animal, movimentos de raspar o chão, deitar e levantar frequentemente, rolar no chão e até deitar de costas.

O cavalo tende, ainda, a passar a olhar o flanco e adotar uma postura anormal, que recebe o nome de “cavalo pensador”. Em alguns casos o batimento cardíaco também pode se elevar. Para fechar um diagnóstico é recomendado um exame clínico, dividido em identificação, anamnese, exame físico (geral e específico) e exames complementares.

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Fontes: Escola do Cavalo, SB Rural, Apostila de Cólica Equina, Vet Smart, Univittá