Como é o comportamento reprodutivo das éguas: ciclo estral, sinais e identificação

comportamento reprodutivo das éguas

Na equinocultura, o comportamento reprodutivo das éguas deve ser observado com muita atenção, utilizando as técnicas de exames corretas para saber se estão aptas para a inseminação ou não. Com o avanço das biotecnologias no setor, a acurácia do processo é primordial para obter bons resultados e conseguir lucros.

Importante frisar que as éguas são poliéstricas estacionais, isto é, mesmo com vários ciclos anuais, o período de reprodução é apenas uma vez. Em geral, coincide com a primavera ou o verão, visto que são as estações com maior predominância de sol. Assim, a precisão veterinária nesse momento permite conduzir o procedimento com exatidão.

Perceber quais são as alterações comportamentais nas fêmeas é uma ação fundamental para saber se estão no ciclo estral e qual é a melhor etapa para inseminá-las. Por isso, veja como é essa etapa do ciclo reprodutivo, o funcionamento e as mudanças observadas no animal. 

Ciclo estral da égua

O comportamento reprodutivo das éguas está diretamente relacionado ao ciclo estral, fase de mudanças fisiológicas e anatômicas nas fêmeas para começar a ovulação. O ciclo compreende o intervalo entre ovulações. 

A duração é de 22 a 25 dias. A interferência da luz é interligada ao ciclo, visto que tal fator é responsável por retrair a glândula pineal, responsável pelo hormônio da melatonina, importante nos processos fisiológicos do animal.

Nessa etapa, o hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH) atua na liberação dos hormônios luteinizante (LH) e estimulante do folículo (FSH). Assim, é gerado estrogênio para a receptividade da monta juntamente ao desenvolvimento do folículo. Com isso, a fêmea entra no cio.

O manejo nutricional adequado, a temperatura ambiente e as questões sanitárias influenciam no ciclo estral. Todos esses elementos precisam ser ajustados para conseguir gestações saudáveis.

O veterinário deve se atentar as fases: 

  • proestro – folículos maturam;
  • estro – ovulação e aptidão para monta ou inseminação;
  • metaestro – etapa intermediária;
  • diestro – progesterona aumenta, ovócitos são fertilizados e ocorre a gestação; 
  • anestro – pode ter três tipos, sendo que o “verdadeiro” corresponde ao término da atividade do ovário e a fêmea não ovula.

Sinais clínicos do comportamento reprodutivo das fêmeas

O ciclo estral tem características típicas que sinalizam o estágio reprodutivo. Destacam-se nas fêmeas:

  • vulva inchada;
  • clitóris com movimentos;
  • olhos com mais brilho;
  • poliúria;
  • relincho com frequência para atrair garanhões;
  • cauda se elevada.

Além das características elencadas, as fêmeas mais velhas costumam exercer domínio no plantel, o que pode prejudicar o desenvolvimento gestacional das éguas mais jovens. Outro fator relacionado é o fato de a conquista dos machos para monta natural ocorre em maior número com fêmeas mais idosas. Por isso, a inseminação artificial e a transferência de embriões são grandes aliadas para contornar esse problema.

No plantel, vale observar que a monta só acontece no momento em que a fêmea permite. Desse modo, a estação coincide com épocas de maior predomínio de raios solares em razão de fatores hormonais.

No entanto, mesmo com tais sinais, torna-se difícil perceber a fase reprodutiva das éguas, algo bem diferente de vacas, por exemplo. Mas há formas de descobrir com rigor se está ocorrendo a etapa gestacional.

Identificação do ciclo estral

Além de verificar a mudança no comportamento reprodutivo das éguas, o profissional deve acompanhar o desenvolvimento dos folículos com auxílio do ultrassom. O modo B ajuda na percepção da morfoecogênese do sistema e o progresso dos folículos. Com o doppler, a vascularização do útero e dos ovários é avaliada com cuidado. O ultrassom é essencial na inseminação.

Conjuntamente, a palpação retal permite o exame físico das estruturas para saber como está o trato reprodutivo. Assim, consegue-se obter altas taxas de prenhez no momento exato do ciclo.

A capacitação profissional é essencial para avaliar corretamente o comportamento reprodutivo das éguas e se destacar no setor. Os Cursos de Ultrassonografia e Palpação Retal em Equinos oferecem aulas práticas com detalhamento sobre esses exames necessários para o cuidado reprodutivo. Faça os cursos e aprenda a realizar diagnósticos de gestação e identificar as principais patologias com precisão e cuidado. 

Fontes: CPT Cursos Presenciais, CPT e Uniciências