Equinos e as reações pós-vacinação

A vacinação (imunização) tem como objetivo primário proteger os animais contra as doenças, entretanto em algumas situações podemos observar reações adversas pós-vacinação variando de reações suaves (no local da aplicação) a reações mais severas. Como por exemplo: I reações que podem ocorrer que não está relacionado com a vacina; II Caroço ou inchaço no local de aplicação; III Edema facial; IV Sinais sistêmicos como febre, vômito e diarreia; V Anafilaxia, choque, morte.

 Em equinos as reações pós-vacinais são extremamente raras. O efeito adverso mais comum após a vacinação é o inchaço e dor no sítio da injeção principalmente após a aplicação da vacina pela via intramuscular. Raramente abscesso ou miosite se desenvolvem secundariamente após a aplicação intramuscular. Nestes casos, o manejo inadequado durante o processo de aplicação da vacina, como utilização de agulhas contaminadas, é o responsável pelo aparecimento dessas lesões.

Alguns equinos podem apresentar uma febre leve auto-limitante, anorexia (perda de apetite) e letargia após a vacinação, mas raramente apresentam reações sistêmicas mais severas incluindo urticária ou anafilaxia (reação alérgica com risco de morte).

O desenvolvimento de reações adversas após a vacinação é imprevisível. Reações locais e sistêmicas podem ser consideradas como uma consequência natural de uma vigorosa estimulação do sistema imune. Animais afetados pelos efeitos adversos podem apresentar os sintomas alguns minutos ou algumas horas após a aplicação das vacinas. Em casos de anafilaxia os animais podem apresentar quadro de dispneia, sudorese, incoordenação motora, prostração, sintomas de cólica e algumas vezes diarreia seguida de morte.

Recomenda-se vacinar os cavalos pelo menos duas semanas antes de competições, eventos como shows, venda ou viagens. As vacinas devem ser aplicadas por um médico veterinário que será o responsável pelo monitoramento e ação quando do aparecimento de qualquer evento adverso. Todos os eventos adversos devem ser relatados à empresa fabricante da vacina.

É importante salientar que as reações adversas também podem ser causadas por incorretos processos de estocagem e do manuseio ou administração das vacinas, sendo que esses eventos são mais frequentes do que os associados às propriedades intrínsecas das vacinas, podendo ser facilmente resolvidos.

Procedimentos inapropriados podem ter os seguintes efeitos adversos:

 -Se a estocagem da vacina for incorreta a reação é no local da aplicação;

-O incorreto local e técnica de aplicação o efeito adverso também vai ser no local da aplicação;

– Procedimento não estéril a reação adversa vai ser no local da aplicação;

-Contaminação das vacinas ou seringas provocara choque tóxico no animal;

-Contraindicações ignoradas provocara anafilaxia (reação alérgica com risco de morte);

– Diluente errado ou substituição por outra droga o efeito adverso é a morte.

Tratamento de choque anafilático em equinos

Epinefrina diluída 1:10.000 (0,1mg/ml) deve ser dada por via intravenosa lentamente

(0,01mg/Kg – aproximadamente 5mL).

Corticóide: Metilpredinisolona (1 a 2 mg/Kg por via intravenosa ou intramuscular) ou

dexametasona (0,25 a 1mg/Kg por via intravenosa ou intramuscular)

Fluidoterapia com fluidos isotônicos (20-40 ml/Kg/hora)

A vacinação é considerada um procedimento seguro e essencial para o controle das doenças infecciosas em uma população. Estudos clínicos evidenciam a baixa prevalência de reações pós-vacinação quando comparado ao número de vacinas aplicadas.

Fonte: Revista Pfizer Adaptação: Escola do Cavalo            

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