Equinos são Sacrificados no Piauí

Vinte e um equinos foram sacrificados, no município de São João da Serra, distante 129 Km da capital Teresina – PI – no último dia (26).

Portadores de Anemia Infecciosa Equina (AIE), os animais fariam parte das apresentações da Terceira Vaquejada do município. Os cavalos passaram por exames laboratoriais e foi constatada a doença, e por essa razão, o sacrifício foi obrigatório, seguindo as Leis sanitárias.

Exigidos por lei, os exames laboratoriais são realizados nos animais que participam de eventos agropecuários, tais como Feiras, exposições, vaquejadas e cavalgadas.
Segundo o Médico Veterinário José Elias Batista, Coordenador da USAV de Castelo do Piauí, há uma incidência muito grande da Anemia Infecciosa Equina na região. No município de São Miguel do Tapuio também foram sacrificados três animais, com a doença, na mesma semana, e há cerca de dois anos, em Castelo do Piauí, houve o sacrifício de vários animais, pelo mesmo motivo.

 “Muitos criadores estão comprando animais por um preço baixo e sem a exigência dos atestados sanitários, o que significa o risco de obtenção de animais doentes. Depois de algum tempo, começam a manifestar os sintomas, quando já contaminaram outros”, disse José Elias.

Os animais portadores dessa doença precisam ser isolados, sacrificados, incinerados e enterrados em locais próprios e com a presença dos Médicos Veterinários Oficiais, devidamente preparados.

A ADAPI faz a prevenção das doenças de equinos por meio da realização do Controle de Trânsito de equinos, exigência de exames de diagnóstico negativo para Anemia Infecciosa e Mormo, e por meio do sacrifício de animais doentes, além de interdição de propriedades e saneamento de focos.

Segundo José Elias, a participação da Prefeitura Municipal de São João da Serra foi fundamental nesse processo. “A parceria da Prefeitura auxiliou nosso trabalho e solucionou um grave problema de saúde que afetaria a outros animais, causando perdas econômicas”, acrescentou.
O Brasil possui o terceiro maior rebanho do mundo, e é um dos maiores exportadores de carne equina e o setor gera mais de 3 (três) milhões de empregos. A criação de equídeos constitui, hoje, uma importante atividade, com excelente oportunidade de negócios, principalmente para os criadores que cuidam da saúde dos animais.

É importante conhecer alguns sintomas da Anemia Infecciosa Equina:

 Febre alta; fraqueza progressiva; anemia; perda de apetite; inchaço nas canelas, barriga e peito; icterícia ou amarelão; sonolência; andar cambaleante.

Pode acontecer de animais doentes não apresentarem sintomas, mas mesmo assim, eles contaminam os animais saudáveis e espalham a doença.

Alguns cuidados devem ser tomados para se evitar a disseminação da AIE:

– Adquirir somente animais com exames negativos para a doença;

– Realizar exames sorológicos a cada 60 dias para manter o controle da AIE;

– Evitar esporas e materiais usados em outros animais;

– Utilizar uma agulha descartável para cada animal na medicação e coleta de sangue; participar somente de eventos agropecuários fiscalizados;

– Notificar qualquer suspeita de doença para a ADAPI.

Não existe tratamento ou vacina. Portanto, o melhor procedimento é a prevenção.

 

Fonte: Rede de Inovação Tecnológica para a Defesa Agropecuária

Adaptação: Revista Agropecuária

 

 

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