O mercado de cavalos está em constante crescimento no país. Segundo a Sociedade Nacional de Agricultura, a equinocultura movimenta mais de R$16 bilhões por ano no Brasil. Com a ascensão das atividades, a exigência de novas tecnologias para melhoramento genético também aumentam.
Uma das soluções para manter a alta demanda é o investimento no mercado de embriões equinos. Somente em 2018, foram 393 leilões e quase R$127 milhões gerados. Por isso, vale a pena conhecer sobre transferência de embriões e o que o médico veterinário deve saber para atuar na clínica de equinos.
Neste artigo, vamos aprofundar a discussão sobre o mercado equino, melhoramento genético e outros temas que estão movimentando a equinocultura no país.
O que é a técnica de transferência de embriões
A transferência de embriões (TE) é uma biotécnica reprodutiva que consiste no processo de gerar embriões de matrizes de alto valor genético e inseminá-los em fêmeas receptoras que conduzirão o restante da gestação. A TE tem como objetivo principal o aumento da descendência dos animais selecionados com genética superior.
A biotécnica é importante para o contínuo melhoramento genético das raças equinas, visto que, assim como em outros animais, a genética costuma ser levada em conta na escolha reprodutiva. Logo, também afeta as relações de compra e venda.
Além dos cuidados durante a transferência, a técnica também exige que a égua receptora tenha um organismo previamente preparado para a gestação. Fica a cargo do médico veterinário envolvido no mercado de embriões atuar no período de pré-transferência, promovendo a sincronização da ovulação das fêmeas envolvidas.
O uso do hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG) é um recurso importante para o sucesso da técnica. O hCG é bastante usado na reprodução equina e gera resultados excelentes na inseminação da égua doadora.
De maneira geral, a transferência de embriões apresenta diversas vantagens. Primeiro porque ela possibilita a produção de diversas crias de alto valor genético e também a comercialização de ovócitos e embriões. Além disso, a TE aumenta o número de potros nascidos, podendo ser até mesmo de éguas que apresentam baixa fertilidade ou de maior idade.
Vale ainda ressaltar alguns benefícios como:
- Aumento do volume de vendas de coberturas de garanhões consagrados;
- Aumento do número de potros nascidos, podendo ser mais de um por égua;
- Valorização dos animais com características genéticas mais desejáveis;
- Escolha de sêmen de alto valor genético sem necessidade de monta;
- Avaliação da progênie materna em um espaço curto de tempo.
Importância para o melhoramento genético equino
Diante dos benefícios apresentados, conclui-se que a TE impulsiona o mercado de embriões equinos e da reprodução animal. Os avanços de técnicas que utilizam do melhoramento genético colaboram também para o aprimoramento da inseminação artificial e, até mesmo, da ultrassonografia para reconhecimento do ciclo estral das éguas.
O desenvolvimento da equinocultura também movimenta investimentos em diferentes áreas, tais como mercado de selas e acessórios, aumento no número de práticas esportivas, produção de feno e ração e, até mesmo, o marketing no agronegócio como um todo. Ou seja, o mercado focado em cavalos vai muito além de criar e vender os animais.
A tendência é que os criadores de equinos utilizem cada vez mais técnicas de reprodução assistida no manejo em campo. Entretanto, como médico veterinário, você sabe que não adianta se aplicar na área sem se especializar. É preciso um amplo conhecimento em equinocultura.
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Fontes: Escola do Cavalo 1, Escola do Cavalo 2, Sociedade Nacional de Agricultura, Portal do Agronegócio.