Saiba o que é adenite equina e como tratar

adenite equina

A adenite equina é uma afecção bacteriana que provoca alteração no trato respiratório anterior dos equinos. Também conhecida por “garrotilho”, a doença pode atingir todas as idades, porém, tem maior prevalência entre animais de um e cinco anos de idade. 

Sua característica principal é a produção de secreção mucopurulenta das vias aéreas. Para evitar que este mal acometa seu haras ou propriedade é preciso conhecer os riscos, as causas e os sinais clínicos da adenite. Veja a seguir tudo sobre o garrotilho e saiba como tratar cavalos nessa situação. 

Causa da adenite equina

A adenite equina ou garrotilho pode ocorrer em todas as épocas do ano, mas o frio e a umidade são épocas mais vulneráveis à infecção. Logo, animais que vivem em estados mais frios e úmidos precisam receber cuidados redobrados. 

A enfermidade é causada pelo contágio da bactéria Streptococcus equi, subespécie equi, bactéria β hemolítica. A transmissão ocorre de forma direta entre equinos que estão incubando a doença, que apresentam sintomas, mas estão em recuperação, e de forma indireta (fômites). 

O período de incubação dessa bactéria é de 3 a 14 dias. Sua ação ocorre quando se fixa nas células epiteliais da mucosa nasal e oral, invadindo as mucosas nasofaríngeas, levando à uma faringite aguda e rinite. Se o organismo do animal não consegue impedir o processo inflamatório, o agente invade a mucosa e o tecido linfático faríngeo.

Principais sinais e tratamento para garrotilho

As alterações do aparelho respiratório estão na segunda posição dentre as doenças limitantes dos equinos que geram grandes perdas econômicas. Por isso, a constatação rápida de possíveis alterações é fundamental para o sucesso da recuperação e a volta dos animais às suas atividades. 

No garrotilho, os sinais clínicos se parecem com processos infecciosos generalizados. O animal apresenta secreção nasal serosa, que se torna mucopurulenta e, em seguida passa a ser purulenta, tosse constante, dificuldade de deglutição e dor à palpação da região mandibular, principalmente dos linfonodos submandibulares, extensão do pescoço, devido à dor na região da laringe e faringe. Em alguns casos os equinos podem apresentar um estado febril evoluindo para febre. 

A letalidade da adenite é baixa, apenas em 10% dos casos, entretanto o problema pode levar à óbito devido a disseminação dos abscessos ou púrpura hemorrágica, causada pelo acúmulo de anticorpos ligados à proteína M.

O diagnóstico é dado através do quadro clínico e sua confirmação pode ser feita por meio da coleta da secreção nasal purulenta ou do conteúdo de abscessos, com o auxílio de swab nasal. Para definir o tratamento da adenite equina é preciso considerar qual o estágio da enfermidade.

Equinos que não apresentam abscessos nos linfonodos devem ser tratados com penicilina ou trimetoprim em associação com sulfametoxazol, administrado por via intramuscular durante 5 a 10 dias. Quando o animal apresenta abscessos, recomenda-se a aplicação de substâncias revulsivas como, por exemplo, o iodo. 

Animais em risco devem ser tratados anteriormente com penicilina, durante o período de exposição ao microrganismo. Já em casos de complicações, o tratamento pode contar com fluidoterapia, medicamentos expectorantes e anti microbianos em dosagens superiores. 

Importância de saber identificar problemas em equinos 

O Brasil tem o terceiro maior rebanho de equinos do mundo e é responsável por gerar milhões de postos de trabalho diretos. A equinocultura está entre uma das atividades mais importantes do agronegócio, com grande interação com o turismo, cultura e lazer. 

Portanto, se você atua na criação de cavalos é altamente recomendado que saiba identificar tanto a adenite equina quanto diversos outros problemas que podem acometer estes animais. Afinal, perder um animal traz uma série de prejuízos. 

Em alguns casos pode ser preciso reagir emergencialmente para salvar vidas. Deseja aprender de forma prática a avaliar problemas com cavalos, tomar decisões durante emergências e reconhecer sintomas de diversas doenças? Se sua resposta foi sim, clique aqui e não perca a oportunidade de ter um diferencial na sua profissão! 

Fontes: Scielo Brasil, JA Saúde Animal, Infoescola.