Conheça a anatomia e a fisiologia do sistema digestório de equinos

Conheça a anatomia e a fisiologia do sistema digestório de equinos

Atuar com cuidados de cavalos exige conhecer peculiaridades anatômicas e fisiológicas do sistema digestório de equinos. Assim, os órgãos constitutivos desse sistema são responsáveis pela transformação do alimento em substâncias importantes para o animal. No entanto, problemas graves podem aparecer em razão de distúrbios nesse trato, como a cólica equina. 

Por isso, veterinários que desejam ingressar ou atuantes no cuidado de equinos devem buscar aprofundar os conhecimentos sobre essa parte do organismo animal e suas funções. Continue a leitura do artigo para conhecer a anatomia e a fisiologia do sistema digestório de equinos e sua relação com o manejo nutricional.

Anatomia e fisiologia do sistema digestório de equinos

Os equinos são animais herbívoros não ruminantes. Dessa forma, seu aparelho digestivo tem especificidades para digerir a celulose dos alimentos e está dividido em cinco cavidades principais:

  • boca
  • esôfago
  • estômago
  • intestino delgado
  • intestino grosso

A boca é a cavidade inicial do sistema digestório de equinos. Os dentes incisivos cortam e fazem a apreensão do alimento. Esse processo é realizado junto aos lábios e à língua. Assim, todo o conjunto da boca possibilita com que o animal alimente-se com folhas e brotos baixos, triturados pelos dentes molares e pré-molares e deglutidos com a saliva.

O alimento segue pelo esôfago, que tem, em média, 1,5 metro. Por movimentos peristálticos, chega ao estômago. Cabe destacar que os cavalos por não serem ruminantes e monogástricos, não regurgitam a comida porque há um ângulo oblíquo na entrada do esôfago no estômago.

Com pequeno volume de 15 a 20 litros, o estômago tem duas partes: aglandular e glandular. A parte aglandular não tem proteção contra o ácido estomacal e se move pouco. Já a parte glandular tem três divisões e, em grande parte, é revestida por células mucosas para proteção. Essa estrutura evita a instalação de predadores.

O intestino delgado tem 22 metros e cabe até 50 litros de volume. Aqui, a maior parte da absorção de nutrientes é feita. O alimento se movimenta rapidamente por essa cavidade e não fica retido ali. 

O que não foi digerido segue para o intestino grosso, onde ocorre a fermentação microbiana. Essa etapa é a mais lenta do sistema digestório de equinos para que as enzimas ajam na degradação de componentes como a celulose, as proteínas, os amidos e outros que ainda não foram quebrados. Importante dizer que o intestino grosso de cavalos é muito desenvolvido e foi se adaptando ao longo da evolução na natureza.

Também é importante apontar que, além dos órgãos apresentados, o fígado, maior glândula cujas funções são vitais, e o pâncreas, responsável pela secreção de enzimas digestivas, são fundamentais nesse processo de digestão.

Manejo nutricional previne cólicas equinas?

A resposta para esta questão é: sim. O sistema digestório de equinos pode sofrer com problemas oriundos da alimentação irregular. Por essa razão, é fundamental conhecer a fisiologia e a anatomia, manter acompanhamento com veterinário especializado e traçar um plano nutricional para o cavalo. Dessa forma, é possível a evitar doenças do sistema digestivo e trazer melhores condições de vida para o animal.

Cuidar do manejo nutricional previne doenças, como a cólica equina, problema que pode ser fatal para o animal. É essencial fornecer alimento volumoso e água de boa qualidade. Dessa forma, o cavalo consegue absorver os nutrientes necessários para o bom funcionamento do corpo.

Durante os atendimentos na clínica veterinária, recorrentemente, surgem casos de cólica equina. Esse problema é um dos principais que acometem o sistema digestório de cavalos. Por isso, faça o Curso de Cólica Equina e estude na prática como é realizada a condução de exames e feitos os diagnósticos de adversidades.


Fontes: Criação de cavalos; Infoequestre; Revista Acadêmica de Ciência Equina.