Saiba como prevenir a Laminite em equinos!

A laminite em equinos trata-se de uma inflamação que se manifesta no tecido laminar, por vezes ocorrido nas quatro patas, impondo muitas dores no animal, e queda brusca no rendimento. Ela é um dos principais problemas que afetam o sistema locomotor dos equinos, sendo motivo de intensos atendimentos veterinários.

A origem da Laminite pode estar relacionada à infecção, metabolismo ou mesmo por erros de manejo alimentar, e atinge não somente as patas, mas vários outros sistemas, como cardiovascular, endócrino e renal, comprometendo a saúde do animal como um todo se não for devidamente tratada.

Treinamentos excessivos também podem ocasionar a doença, além do uso contínuo de corticóides. Esta patologia atinge todas as raças, sendo os cavalos Quarto de Milha, Árabes, e Puro Sangue Inglês(PSI) os que apresentam maior incidência. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!

Classificação e sinais da laminite em equinos

A Laminite em equinos pode ser classificada de três maneiras: aguda, crônica e subclínica. 

Laminite aguda – o animal mostra bastante sensibilidade no membro, reluta para movimentar-se, e pode ficar a maior parte do tempo deitado. Quando o cavalo é para andar ele demonstra claudicação e ele se apoia sobre os talões. Ele também pode apresentar: 

  • Tremor muscular; 

  • Sudorese; 

  • Aumento da frequência cardíaca e respiratória, por causa da dor;

  • Aumento de temperatura dos cascos ocasionados pela inflamação.

Laminite crônica – os cascos podem aumentar em comprimento e sola fica deformada, ela se torna mais fraca e suscetível a quebras. Dessa forma, a claudicação é menos notada, apesar do cavalo ainda sentir um desconforto.

Laminite subclínica – neste tipo de laminite os sinais podem não ocorrer, e a enfermidade pode avançar para doenças mais graves, como por exemplo, a sola dupla, úlceras de sola e pinça, erosão de talão e lesão de linha branca.

Outras possíveis causas da laminite

Destacamos abaixo algumas possíveis causas da enfermidade: 

  • Ingestão de água fria depois da realização de exercícios; 

  • Infecções sistêmicas como por exemplo, a endometrite, salmonelose e colite; 

  • Exercícios físicos ou traumas em excesso animais não condicionados;

  • Doenças seguidas de quadro endotoxêmicos.

Como fazer o diagnóstico e como tratar essa enfermidade?

O diagnóstico é fácil de ser realizado, sendo manifestado na mudança de comportamento do animal, manqueiras, dentre outros. Enfim, é a doença é facilmente detectada pelos sinais apresentados pelo animal.

Este diagnóstico deve ser feito por meio de testes de movimentos como cavalo e exames de imagem como, por exemplo, a ultrassonografia e o raio-X. 

Já o tratamento mais adequado vai depender de cada caso, sendo recomendável que o animal jamais seja tratado diretamente pelo seu dono, mas sim por um veterinário profissional. O tratamento é normalmente baseado em repouso, utilização do gelo nos locais com inchaços, medicamentos que devem ser sempre prescritos por um médico veterinário.

Dessa forma, se a doença não for tratada corretamente, ela pode avançar até mesmo para uma necrose na pata.

Como prevenir a laminite?

Para prevenir essa doença, os médicos veterinários devem ficar atentos ao manejo alimentar, fazendo uso de uma dieta equilibrada, exercícios controlados e patologias relacionadas a laminite.

Também é fundamental realizar o casqueamento frequente e correto, evitar trabalhos que causam muito esforço do aparelho locomotor do animal em solos duros.

A laminite em equinos é considerada uma das principais causas de atendimentos em clínicas e hospitais veterinários e é fundamental um conhecimento amplo dos profissionais envolvidos na área de equinos. Portanto, é necessário muita qualificação para obter o sucesso. Clique aqui e confira a dica que tenho pra você!

Fonte: Revista Veterinária