Reprodução equina: quando começar a aplicar as biotécnicas

As biotecnologias de reprodução equina são as responsáveis diretas pelo desenvolvimento do setor de criação de equinos no Brasil. Com elas foi possível uma ampliação do rebanho nacional, que ultrapassou os 6 milhões de animais, sendo o terceiro maior rebanho do mundo, em um mercado que emprega mais de 600 mil pessoas. Com estes dados da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), é possível perceber como o setor se tornou rentável e uma excelente oportunidade para diversos profissionais.

Essas tecnologias, além de proporcionar o aumento do número de animais, vêm mudando a qualidade genética dos mesmos. Assim, ao gerar animais com características diferenciadas, é possível selecionar quais são as desejáveis de acordo com a função desempenhada por aquele animal. Com isso eles podem ser mais fortes, férteis, maiores e mais competitivos em diferentes provas esportivas.

Mas, antes de colher os frutos do bom manejo reprodutivo, é importante entender quando começar a aplicar e quais são as biotécnicas mais eficientes na reprodução equina. Neste artigo vamos traçar esse panorama inicial e apontar qual o top das biotécnicas de reprodução equina.

Quando começar com as biotécnicas de reprodução equina na sua criação

Antes do criador de equinos começar a planejar o início da vida reprodutiva dos animais, é preciso saber algumas informações importantes, de modo a facilitar o processo para que não haja contratempos. Assim, para implementar uma rotina de técnicas de reprodução equina para o melhoramento genético dos animais é preciso alguns conhecimentos básicos.

Os potros, por exemplo, somente entram na puberdade por volta dos dois anos e meio ou três de vida. Já as fêmeas podem ser cobertas, também por volta dos três anos. Isso, para que a prenhez possa ocorrer aos 4 anos de idade. Contudo, estes são os períodos mínimos para a reprodução. Assim, de acordo com especialistas, é sempre importante levar em consideração cada animal, por meio da orientação e análise de um profissional especializado.

Outro ponto a se considerar além do início da idade reprodutiva, é a duração desse período. Assim, para a reprodução equina, a fertilidade dos garanhões pode ocorrer geralmente até os 23 anos de idade. Porém, é sempre importante realizar que, antes dos períodos de monta, é preciso realizar os exames andrológicos. Com essa biotécnica é possível realizar um diagnóstico completo do macho, de modo a ser possível evitar o planejamento reprodutivo em vão.

Além disso, para que a rotina de biotécnicas de reprodução seja adotada de maneira efetiva, é preciso que tanto criador como veterinário responsável estejam conscientes da estrutura necessária. Os animais devem ter uma rotina de acompanhamento dos ciclos, exames para índices de fertilidade e capacidade reprodutiva, bem como exames para diagnósticos gestacionais, entre outros procedimentos para manutenção da saúde do plantel. 

Principais biotécnicas da reprodução equina

Como já apontamos, existem algumas biotécnicas fundamentais para a reprodução equina. Elas trazem diversas vantagens, como, por exemplo, gerar mais de um animal por ano, evitar a prenhez de animais em competições, gerar descendentes de animais com problemas de fertilidade, etc. Cada técnica possui seu papel e, quando combinadas, elas são capazes de impactar ainda mais na qualidade genética do rebanho.

Assim, as principais técnicas da reprodução equina são:

  • Palpação retal: exame tradicional das estruturas reprodutivas das éguas, utilizado em atendimentos clínicos e avaliação do trato genital dos animais;
  • Avaliação reprodutiva: uma avaliação completa da capacidade reprodutiva do animal. Engloba o exame andrológico nos machos e o diagnóstico ginecológico nas fêmeas;
  • Transferência de Embriões (TE): com essa biotécnica é possível aumentar o número de nascimento de produtos geneticamente melhorados, além de permitir a reprodução de mais de um produto por matriz;
  • Inseminação Artificial: com a inseminação é possível aumentar o número de descendentes produzidos por um garanhão em uma única monta;
  • Ultrassonografia: técnica fundamental para os exames mais precisos dos animais;
  • Diagnóstico gestacional precoce: é com essa técnica que o sucesso do manejo reprodutivo realizado é avaliado;
  • Sexagem fetal: a identificação do sexo do embrião é útil na comercialização, tanto do produto daquele embrião quanto da prenhez.

Todas estas técnicas estão em constante evolução, com novos aprimoramentos e padrões sendo gerados anualmente, de forma a se atingir o objetivo proposto com melhor efetividade e custo-benefício. Os profissionais da veterinária que atuam ou pretendem atuar neste segmento, devem buscar, portanto, meios de atualização constante.

Assim, agora que você entende um pouco mais sobre a superfície da reprodução equina, que tal entender um pouco mais a fundo como ter melhores resultados. CLICANDO AQUI você vai receber um material exclusivo para aprender como melhorar os resultados do seu plantel e obter mais potros!

Fontes: CPT Cursos Presenciais e Shop Veterinário